En Marcha, sempre na vida de nosso Partido

Como órgão central do Partido Comunista Marxista-Leninista do Equador (PCMLE), seu objetivo fundamental é divulgar suas teses ideológicas e políticas, que têm o marxismo-leninismo como base teórica e representam os interesses econômicos, sociais e políticos dos trabalhadores e dos povos do Equador e do mundo.

QUITO (EQUADOR) — Em 1966, nosso partido já vinha trabalhando há dois anos para organizar a população em torno das ideias da revolução e do socialismo. Nesse contexto, foi decidido criar um jornal que analisasse os problemas do país e do mundo, além de divulgar os ideais do comunismo. Assim, nasceu o En Marcha, cuja primeira edição circulou em 25 de outubro de 1966.

Antes do En Marcha, outros jornais marxista-leninistas o precederam: Revolución, Voz Rebelde e El Pueblo Revolucionario. O Revolución surgiu como órgão do Comitê Provincial de Pichincha do antigo PCE, respondendo à necessidade de apresentar uma proposta revolucionária aos trabalhadores e ao povo, em oposição à política de conciliação de classes predominante na direção nacional desse partido. Posteriormente, o Voz Rebelde assumiu esse papel, circulando de dezembro de 1963 até pouco antes de agosto de 1964. Após a formação do nosso partido, decidiu-se pela publicação de El Pueblo Revolucionario, que teve apenas algumas edições. Após a queda da ditadura militar, surgiu o Espartaco, com cerca de vinte edições conhecidas. Tanto o Voz Rebelde quanto o Espartaco circularam como jornais marxista-leninistas, sem a pretensão de representar o PCMLE; já o El Pueblo Revolucionario foi publicado como órgão oficial do Partido.

Nosso partido tem o orgulho de ter mantido o jornal revolucionário de maior longevidade e regularidade no país, com mais de 2.100 edições publicadas e milhões de cópias impressas. Isso foi possível porque o PCMLE entende que o trabalho de propaganda é essencial para organizar a revolução, sendo o jornal um pilar fundamental nesse processo.

“Para o nosso partido, a manutenção da imprensa partidária é vital para o sucesso da revolução. Não é possível realizar uma política revolucionária sem um instrumento de propaganda que, regularmente, exponha as opiniões que nós, comunistas marxista-leninistas, temos sobre os diversos fenômenos econômicos, políticos e sociais que ocorrem em nosso país e no mundo. Não é possível contribuir para o desenvolvimento da consciência política dos trabalhadores, da juventude e do povo se eles não tiverem acesso às nossas teses e meios revolucionários. Também não é possível unificar a ação da militância e de todas as forças do Partido sem um instrumento que, de forma imediata e constante, leve ao seu conhecimento as orientações e os pontos de vista da direção do Partido”, afirmamos na edição 1879 do En Marcha, em outubro de 2019.

O trabalho da imprensa revolucionária está intrinsecamente ligado à nossa concepção marxista-leninista do desenvolvimento histórico da sociedade e ao papel central das massas nesse processo. Os povos são os verdadeiros protagonistas da história; com sua iniciativa, força e luta, eles constituem o principal fator nas grandes transformações sociais e nos processos revolucionários. No entanto, sob o sistema capitalista, para que as massas direcionem suas energias rumo a uma transformação que elimine definitivamente todas as formas de exploração e opressão, é essencial que sejam dotadas de consciência política e consciência socialista. Essa consciência é fundamental para que compreendam a necessidade de pôr fim ao sistema capitalista, derrotando os capitalistas tanto política quanto militarmente, estabelecendo o poder dos trabalhadores e avançando na construção do socialismo e do comunismo. A imprensa comunista existe precisamente para proporcionar essa consciência socialista aos trabalhadores, à juventude e aos povos, capacitando-os a desempenhar plenamente o papel de forças revolucionárias que a história lhes atribui.

Nas páginas do En Marcha, não existe “neutralidade” em relação aos acontecimentos sociais e políticos, nem em relação aos seus protagonistas. A suposta neutralidade proclamada pela imprensa burguesa é ilusória, pois, em todos os momentos, as classes sociais defendem seus próprios interesses e possuem perspectivas particulares para interpretar os fenômenos sociais e mundiais. Nosso jornal expressa as concepções político-filosóficas da classe trabalhadora e responde aos seus interesses econômicos, políticos e sociais, assim como aos interesses de todas as classes trabalhadoras exploradas e oprimidas no capitalismo. Praticamos um jornalismo de classe, utilizando-o como um instrumento para romper as amarras ideológicas que impedem nosso povo de enxergar a realidade como ela realmente é. Nosso jornal é um meio de promover o desenvolvimento da consciência do povo, além de servir como um canal de expressão em sua luta histórica para romper as correntes de dominação e exploração.

O En Marcha foi escrito tendo em mente as necessidades políticas de nossos militantes, dos dirigentes de organizações populares e dos setores de massas que possuem uma maior compreensão dos fenômenos políticos. Suas páginas contêm, essencialmente, análises de caráter econômico, social e político, bem como artigos de conteúdo teórico. Por isso, consideramos o En Marcha um material fundamental para a educação teórica e política de nossos militantes e daqueles que estão mais próximos de nossa organização.

Aqueles que desejam conhecer a história do movimento operário e revolucionário das últimas seis décadas, ou entender a política promovida pelos marxista-leninistas equatorianos nesse período, encontrarão em nosso órgão central uma fonte valiosa. Mais do que isso, nas páginas do En Marcha, é possível observar como o PCMLE vem organizando a revolução equatoriana.