Josef Stálin e os quadros do Partido Comunista
O
texto original foi publicado no jornal “A Classe Operária” em 1 de janeiro de
1952, edição 408 e recuperado com o intuito de criar um acervo virtual de
textos históricos que tiveram muita importância no desenvolvimento do
Marxismo-Leninismo. Contribua com o acervo recuperando um artigo histórico e
enviando para nós!
É
com o mais intenso júbilo que toda a humanidade progressista comemora, neste
ano, mais um aniversário do grande Josef Stálin. É um grande bem para a causa
da democracia e do socialismo termos o camarada Stálin. O camarada Stálin
estuda com carinho todos os aspectos do movimento revolucionário,
imprimindo-lhe um poderoso impulso com sua personalidade extravagante e sua
inteligência luminosa.
O camarada Stálin é o guia genial da
humanidade no caminho do progresso, na luta pela sua completa libertação do julgo
da opressão e da exploração. O camarada Stálin é o maior quadro da revolução
mundial, é porque reúne todas as qualidades de chefe dos povos na luta por sua
libertação. Ninguém vê tão bem como o camarada Stálin o que é fundamental para
fazer avançar o movimento revolucionário. Daí a importância extraordinária que
se atribui aos quadros: “Os quadros decidem tudo”. Diz o camarada Stálin:
“Para levar à prática uma linha política variada, há
necessidade de homens e mulheres que compreendam a linha política do Partido,
que a concebam como uma linha própria, que estejam dispostos a realiza-la na
prática, que saibam faze-lo, que sejam capazes de tornar-se responsáveis por
ela, de defende-la, de lutar por ela.”
- Josef Stálin: O Homem, o Capital
Mais Precioso.
Com
estas palavras, o camarada Stálin define como devem ser os quadros do Partido.
Conhecer a linha política do Partido como sua própria linha e estar disposto a
realiza-la na prática. Os quadros do Partido não podem ter duas linhas
políticas; a do Partido e uma outra própria divergente do Partido, ou mesmo uma
linha política “auxiliar”; se isso acontecer, a linha política do Partido
ficará apenas no papel.
Mas
os quadros não caem do céu, é preciso forma-los. E não se formam quadros
menosprezando o capital humano do Partido. A esse respeito, diz o camarada
Stálin:
“É
preciso, por fim, compreender que, de todos os capitais preciosos que existem
no mundo, o mais precioso e o mais decisivo, são as pessoas, os quadros. É
preciso compreender que, nas nossas condições atuais, os quadros decidem tudo.”
- Josef Stálin: O Homem, o Capital
Mais Precioso.
Por isso, o camarada Stálin
critica aqueles que tratam desumanamente os quadros, que jogam com eles como se
fossem piões de xadrez, que aprenderam a apreciar só máquinas, mas não
aprenderam a apreciar os quadros. O camarada Stálin nos ensina que devemos
apreciar os quadros como o tesouro do Partido, dar-lhes o seu justo valor e respeitá-los.
Nós devemos conhecer os quadros
e estudar minuciosamente os seus defeitos e qualidades para saber em que posto
podem se desenvolver com facilidade; que “grandes” ou “pequenos” quadros,
qualquer que seja o lugar em que trabalhem, devem ser cuidadosamente
cultivados, estimulados quando conseguem seus primeiros êxitos, ajuda-los
quando necessitam de apoio.
Para formar quadros deve-se
trabalhar com toda paciência, não depreciar o tempo e nem ter receio de
“postos” avançados. Os quadros novos e jovens, diz o camarada Stálin, devem ser
promovidos oportuna e audaciosamente para não permitir que fiquem mofando nos
postos que ocupam, pois isso prejudica seu desenvolvimento.
O camarada Stálin nos ensina que
devemos fundir o ímpeto dos quadros jovens com a experiencia dos velhos. Os
quadros jovens são a maioria, carregam o “novo” em si, se instruem com rapidez
e progridem com pujança e impetuosidade. Os velhos, entre outras coisas, são
menos numerosos e muitos padecem do mal de apegar-se muito ao passado sem
perceber. O novo, que transborda vida, possui, porém, a falta do essencial:
experiencia de direção, tempera marxista-leninista, conhecimento do trabalho e
força de orientação, diz, portanto, o camarada Stálin:
“Devemos
manter a harmonia, proceder a fusão dos quadros jovens e velhos numa só
orquestra do trabalho dirigente do Partido.”
Os quadros são de extrema
importância, não só dentro do Partido, mas em todos os setores da atividade
revolucionária. Na União Soviética, onde se constrói o comunismo, é grande a
importância que o camarada Stálin dá aos quadros da administração, nos
transportes, na produção e no exército. Em seu discurso dirigido aos novos
comandantes do Exercito Vermelho em 1935, disse o camarada Stálin:
“Se
tivermos bons e numerosos quadros na indústria, na agricultura, nos
transportes, no exército, o nosso país será invencível. Se carecermos deles,
coxearemos dos dois pés.”
- Josef Stálin: O Homem, o Capital Mais
Precioso.
O camarada Stálin ensina que os
quadros devem ser imparciais no julgamento dos fatos, mesmo quando isto diz
respeito ao seu próprio trabalho. O comunista não deve superelevar ou
obscurecer o seu próprio trabalho, o que é um erro, mesmo que cometido por
modéstia. Nas palavras a seguir, o camarada Stálin as pronunciou no seu
discurso no I Congresso dos Kolkhozianos:
“Não
é certo que alguns camaradas exagerem a importância das suas forças, que
superelevem suas qualidades; isto conduz a fanfarronice e a fanfarronice é uma
coisa má para o nosso país. Porém, é ainda pior que haja camaradas que se
subestimam, diminuem seu esforço como algo “pequeno, humilde e insignificante”
e não ver que esse trabalho é, na verdade, um trabalho grandioso e criador, que
decide a sorte da história.”
- Josef Stálin: Discurso no I
Congresso dos Kolkhozianos.
Porém, todo o amor e carinho de
Stálin para com os quadros não significa absolutamente tudo tolerável aos
quadros, não significa tomar uma atitude de prosternação e indiferença; pelo
contrário, o camarada Stálin é impiedoso com os oportunistas, com os “soberanos”
que vivem das glórias do passado e tomam atitudes de aristocratas, com os
charlatães incorrigíveis.
O camarada Stálin ensina que, os
que tomam ares aristocratas, que pensam que são os maiorais e insubstituíveis,
que podem violar a seu prazer as decisões dos órgãos dirigentes, que pensam que
o Partido não atreverá a agir contra eles em consideração dos seus méritos
passados. Esses devem ser destituídos dos seus postos sem vacilação, sem
contemplação para com seu passado. Quanto aos charlatães incorrigíveis, diz o
camarada Stálin:
“É
preciso tira-los dos postos de direção, nos postos de direção não há lugar para
charlatães.”
Os quadros devem ter uma sólida
formação Marxista-Leninista; este é um dos problemas a que o camarada Stálin
dedica a maior atenção, considerando que a educação dos quadros não deve ser
descuidada um só instante, pois do contrário estes deixam de compreender a
justiça da causa revolucionária e “se transformam em rotineiros sem
perspectivas, que cumprem cega e mecanicamente as ordens vindas de cima.”
Assim, o trabalho do Partido não
irá para frente, ao passo que se os quadros forem educados ideologicamente e
politicamente temperados de modo a serem convertidos em Marxista-Leninistas
completamente maduros poderemos considerar resolvida nove décimas partes dos
nossos problemas. Por isto o camarada Stálin considera obrigatório o
conhecimento das leis que regem o desenvolvimento da sociedade e com a
convicção da inevitabilidade do triunfo do comunismo.
Stálin – que declara com
simplicidade ser um discipulo de Lênin que procura ser digno do mestre – é o
brilhante exemplo em que se inspiram os maiores quadros revolucionários dos
nossos dias, entre os quais se encontra Luiz Carlos Prestes, sob cuja bandeira
o povo brasileiro trava a sua luta de libertação nacional.
Que tenha ainda longos anos de
vida o grande Stálin, inspirador dos militantes comunistas do mundo inteiro.
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